sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Soy loco por ti America

“Soy loco por ti América” é uma canção escrita por Gilberto Gil, José Carlos Capinan e Torquato Neto em 1966, para Caetano Veloso, que a gravou em seu primeiro disco, lançado em 1968.É uma das músicas mais representativas do Tropicalismo.
A letra é em espanhol e português sendo uma apaixonada declaração de amor à América Latina, uma descrição da sua riqueza, sua natureza, sua cultura, sua gente, da liberdade e da esperança. Alguns versos dão a sensação de que ele está declarando o seu amor por uma mulher, mas na verdade ele se refere à saudade de sua terra tão querida durante os tempos de exílio.


Soy Loco Por Ti, America
Composição: Gilberto Gil/José Carlos Capinan

Soy loco por ti, América
Yo voy traer una mujer playera
Que su nombre sea Marti
Que su nombre sea Marti...

Soy loco por ti de amores
Tenga como colores
La espuma blanca
De Latinoamérica
Y el cielo como bandera
Y el cielo como bandera...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...(2x)

Sorriso de quase nuvem
Os rios, canções, o medo
O corpo cheio de estrelas
O corpo cheio de estrelas
Como se chama amante
Desse país sem nome
Esse tango, esse rancho
Esse povo, dizei-me, arde
O fogo de conhecê-la
O fogo de conhecê-la ...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...(2x)

El nombre del hombre muerto
Ya no se puede decirlo, quién sabe?
Antes que o dia arrebente
Antes que o dia arrebente...

El nombre del hombre muerto
Antes que a definitiva
Noite se espalhe em Latino américa
El nombre del hombre
Es pueblo, el nombre
Del hombre es pueblo...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...(2x)

Espero o manhã que cante
El nombre del hombre muerto
Não sejam palavras tristes
Soy loco por ti de amores
Um poema ainda existe
Com palmeiras, com trincheiras
Canções de guerra
Quem sabe canções do mar
Ai hasta te comover
Ai hasta te comover...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...(2x)

Estou aqui de passagem
Sei que adiante
Um dia vou morrer
De susto, de bala ou vício
De susto, de bala ou vício...

Num precipício de luzes
Entre saudades, soluços
Eu vou morrer de bruços
Nos braços, nos olhos
Nos braços de uma mulher
Nos braços de uma mulher...

Mais apaixonado ainda
Dentro dos braços da camponesa
Guerrilheira, manequim, ai de mim
Nos braços de quem me queira
Nos braços de quem me queira...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...(4x)

Fonte do texto:www.wikipedia.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Como foi o movimento do Tropicalismo?

Foi simplesmente um histórico passo adiante no meio musical brasileiro. Foi caracterizado pela introdução de novos elementos,que estavam em vigor no contexto internacional,dentro da realidade da música brasileira. Essa mistura do pop, do popular e do experimentalismo estético impulsionaram uma mudança substancial na cultura nacional.
Embora inovador, esse movimento usou de artifícios antigos para espalhar a sua arte, como o mimeógrafo (máquina antiga usada para fazer cópias de papel escrito em grande escala) , planfetos, revistas caseiras, pichações em muros. A marginalidade foi usada como meio de ameaça ao sistema, tudo para espalhar a idéia de que o povo precisava se libertar.
O comportamento exótico dos jovens, incluindo bissexualidade, uso de tóxicos e gestos ilegais, faziam parte de uma contestação de caráter político.
A censura exigia dos artistas a habilidade de driblar a repressão e buscar meios de deixar implícito seus pontos de vistas.
Tudo isso fez da poesia um trabalho coloquial e lúdico, onde o que importava era a realidade imediata, não fazia sentido escrever sobre algo bonito em uma época de horrores.

site de ajuda: http://www.cliquemusic.com.br/br/generos/generos.asp?nu materia=28
Fonte da imagem:www.google.com.br

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

É proibido proibir

A apresentação de “É proibido proibir” acabou se transformando num acontecimento naquela noite de domingo, 15 de setembro de 1968. Na final paulista do FIC, realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório.

Os Mutantes mal começaram a tocar a introdução da música e a platéia já atirava ovos, tomates e pedaços de madeira contra o palco. O provocativo Caetano apareceu vestido
com roupas de plástico brilhante e colares exóticos. Entrou em cena rebolando, fazendo
uma dança erótica que simulava os movimentos de uma relação sexual. Escandalizada,
a platéia deu as costas para o palco. A resposta dos Mutantes foi imediata: sem parar
de tocar, viraram as costas para o público.

Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era
o barulho dentro do teatro.

É Proibido Proibir

A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
E estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta
Há o porteiro, sim...

E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...

Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças
Livros, sim...

(falado)
Cai no areal na hora adversa que Deus concede aos seus
para o intervalo em que esteja a alma imersa em sonhos
que são Deus.
Que importa o areal, a morte, a desventura, se com Deus
me guardei
É o que me sonhei, que eterno dura e esse que regressarei.

E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...

Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim...

E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tropicalismo


Tropicalismo foi um movimento cultural do fim da década de 60 que, usando deboche, irreverência e improvisação, revoluciona a música popular brasileira, até então dominada pela estética da bossa nova. Liderado pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o tropicalismo usa as idéias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade para aproveitar elementos estrangeiros que entram no país e, por meio de sua fusão com a cultura brasileira, criar um novo produto artístico. O movimento é lançado com a apresentação das músicas Alegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de Gil, no Festival de MPB da TV Record em 1967.
O disco Tropicália, manifesto do movimento, vai da estética brega do tango-dramalhão Coração Materno, de Vicente Celestino, à influência dos Beatles e do rock.
O movimento acaba com a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968. Caetano e Gil são presos e, depois, exilam-se na Inglaterra. Em 1997, quando se comemoram os 30 anos do tropicalismo, são lançados dois livros que contam a história do movimento: Verdade Tropical, de Caetano Veloso, e Tropicália - A História de uma Revolução Musical, do jornalista Carlos Calado.

Letra da música:

Tropicália

Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país...

Viva a bossa
Sa, sa
Viva a palhoça
Ca, ça, ça, ça...(2x)

O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão...

Viva a mata
Ta, ta
Viva a mulata
Ta, ta, ta, ta...(2x)

No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa
E fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...

Viva Maria
Ia, ia
Viva a Bahia
Ia, ia, ia, ia...(2x)

No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim...

Viva Iracema
Ma, ma
Viva Ipanema
Ma, ma, ma, ma...(2x)

Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém!
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem!...

Viva a banda
Da, da
Carmem Miranda
Da, da, da, da...(3x)