terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nossa poetisa: Cecília Meireles


"Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve..."

Optamos por Cecília Meireles para mostrar o lado feminino da poesia, tão pouco conhecido. Essa poetisa nasceu em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Aos três anos ficou orfã de pai e de mãe, sendo assim criada pela avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides, desde então. Lecionou em várias universidades sobre a literatura brasileira, aprendeu também a cantar e a tocar violino.
Empenhou-se na renovação da Educação, tendo organizado a primeira biblioteca infantil do país. Em 1919, publicou seu primeiro livro, "Espectros", obra considerada atemporal por muitos críticos, pois, embora tivesse influência do Modernismo, apresentava ainda heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo.
A partir de 1922, passou a integrar a corrente espiritualista, ala católica do movimento modernista, que teria na revista Festa seu principal veículo de expressão.
Em 1935, o suicídio do marido, que sofria de depressão aguda, força-a a ampliar suas atividades de professora e jornalista para educar as filhas.
Alcança a maturidade como poeta em 1938 com a publicação de "Viagem", premiado pela Academia Brasileira de Letras. Casada novamente, com o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, começa uma intensa atividade profissional e literária, com freqüentes viagens ao exterior, que se refletiriam em obras como "Doze Noturnos de Holanda" e "Poemas Escritos na Índia". Após anos de minuciosa pesquisa histórica, publica o "Romanceiro da Inconfidência", em 1953. Cecília Meireles morreu em 9 de novembro de 1964 de cancêr no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a ABL concede-lhe postumamente o prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Um comentário:

  1. Parabéns, meninas!
    Uma bela escolha. Sabiam que Cecília se auto-denominava POETA e não poetisa? Vale a pena conferir o porquê.
    Um abraço!

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